Aurora participa das discussões promovidas pelo Iphan na cidade do Crato

A cidade do Crato sediou de 25 a 27 de agosto o 1º Balaio do Patrimônio do Ceará. O evento reuniu secretários de culturas e coordenadores de patrimônios históricos de todas as principais cidades da região do Cariri, sob a organização do IPHAN-CE.O Balaio é uma ação contida no programa nacional de patrimônio imaterial(PNPI) que consiste numa série de seminários destinados a capacitar os gestores públicos da área cultural, especialmente secretários municipais e técnicos, disse a organização durante o encontro.Em sua primeira realização no estado do Ceará o Balaio contemplará os gestores dos municípios envolvidos localizados na mesoregião sul cearense, ou seja, os municípios pleiteantes ao PACH das cidades históricas e com bens protegidos pelo Iphan-CE, informou a Dra. Macia Sant’ana diretora do Iphan Nacional que na ocasião proferiu a palestra de abertura.O Balaio e seus expositores:O referido encontro aconteceu no auditório do teatro municipal Salviano Arraes no centro do Crato onde se fizeram presente secretários de cultura do Cariri, representantes do Iphan do Ceará, da Secult-CE, da Prefeitura de Fortaleza, da URCA, do Iphan nacional e do estado do Pará(Ilha do Marajá), além da secretária de cultural cratense Danielle Esmeraldo. No hall do teatro aconteceu ainda uma exposição fotográfica abordando a temática da festa de Santo Antonio e o pau da bandeira de Barbalha.
A abertura oficial do evento aconteceu na noite de quarta-feira(25) com a apresentação da famosa banda cabaçal dos irmãos Aniceto. Seguido da palestra sobre o Programa Nacional de Patrimônio Imaterial através da Dra. Márcia Sant’ana diretora do Iphan nacional.No decorrer dos três dias outras temáticas foram abordadas pelos conferencistas convidados. Tais como: o papel das prefeituras no sistema nacional de patrimônio; Ações de salvaguarda do patrimônio Imaterial; Inventário de referências culturais; a política do patrimônio imaterial do Iphan-CE; e debate sobre o reconhecimento da festa do pau da bandeira de Barbalha, como patrimônio cultural brasileiro, além de lugares sagrados de Juazeiro; patrimônio e políticas públicas, dentre outros temas. Participaram como conferencistas no evento, além da diretora do Iphan nacional, os professores da URCA: Jozier Ferreira e Océlio Teixeira, Ana Gita Oliveira(Iphan-CE), Tereza Maria Chaves(Iphan), Maria Dorotéa(PA), Renata Paz(Urca) e Felipe Caixeta de Juazeiro do Norte.Debates e intervenções dos participantes:Durante as discussões no plenário o secretário José Cícero indagou a diretora do Iphan nacional acerca da intenção de Aurora em adquirir em definitivo o antigo prédio da estação ferroviária reforçando, inclusive a proposta de Missão Velha que também passa pelo mesmo problema. Ainda, falou sobre a aquisição pela prefeitura do antigo casarão do Cel. Xavier(o fundador de Aurora) e a urgência de recursos para a sua revitalização(restauro). No tocante ao patrimônio imaterial discorreu acerca dos grupos de Penitentes da ordem Santa Cruz que precisam de apoio, assim como os repentistas populares, escultores e o resgate e preservação de antigos saberes e fazeres tradicionaios, tais como: Das antigas ‘louceiras’ do barro cru, reisado, dança do coco, banda cabaçal, bem como a necrópoles da Bailarina, a massalina do rio Salgado, e um monumento para a fazenda Ipueias."A promoção do Balaio no cariri, mesmo diante de muitas ausências, inclusive de autoridades do próprio Iphan nacional(Weber Sutti) e cearense(Clodoveu Arruda); e da própria Secult-CE( Auto Filho), acredito ter sido altamente positivo, vez que conseguimos expressar publicamente as nossas inquietações e angústias; assim como sentir como pensam e agem o pessoal lá de cima em relação ao que ainda restam das nossas evidências histórias que estão se perdendo por aqui, por falta de uma suporte maior jurídico e financeiro”, disse José Cícero. “Além disso, diria que aprendemos muito, no que diz respeito aos procedimentos burocráticos e, de como provocar do ponto de vista legal, as instâncias cabíveis do Iphan, tanto do Ceará quanto de Brasília”, completou.Felipe Caixeta: Crítica forte e a proposta da UPC.O secretário de Aurora, destacou, inclusive a participação do agente cultural carioca, jornalista e cineasta Felipe Caixeta que representou Juazeiro do Norte. E que em sua apresentação foi, além de incisivo nas suas posições, sendo por demais realista, corajoso e verdadeiro na sua abordagem, fugindo ao faz de conta e ao agrado das mesmices. “A proposta da criação de uma Universidade Popular de Cultura do Caixeta, é uma das idéias mais brilhantes que já apareceu nos últimos anos no sentido da valorização efetiva do fazer artístico e cultural do povo Caririense”, concluiu. fonte. Blog da Seculte